quinta-feira, 20 de março de 2014

Press B - Personalidades - UWE BOLL

Dando início a mais nova ampliação da coluna Press B, tenho a honra e o orgulho em trazer-lhes essa nova vertente, intercalando entre a matéria principal do comportamento humano e os games, com uma coluna toda voltada para a vida de personalidades famosas no mundo dos games. Espero que gostem!

UWE BOLL


Poucos nomes geram a ira dos jogadores quanto Uwe Boll. A simples menção em determinados círculos é a certeza de causar grande angústia e o ranger de dentes. Boll faz filmes, filmes terrivelmente famosos, que transcendem sua simples filiação com games em sua antipatia universal. Não são apenas os jogadores que odeiam seus filmes, mas TODO MUNDO! São os jogadores, no entanto, que abrigam o mais puro ódio por eles. Seu filme mais bem cotado na avaliação do site Rotten Tomatoes é de 11%. Sua pior marca foi em 2005 com Alone in the Dark, que recebeu uma avaliação de apenas 1%. Qualquer pessoa de bom gosto razoável cai fora dos terríveis filmes Boll, que de alguma forma é capaz de extrair com uma regularidade surpreendente tamanha mediocridade. Nós, Gamers, odiamos particularmente seus filmes como Postal, Far Cry, e BloodRayne. Sem sombra de dúvidas, seus piores momentos.

   


Mas esse sentimento de ódio parece não ser absoluto. Existe alguma pequena partícula redentora da genialidade escondida profundamente dentro de seus filmes, algo subversivamente astuto que todos nós estaríamos perdendo? Para saber se os filmes de Boll são aceitáveis ​​quando visto sob um olhar cético, decidi colocar-me à prova, observando alguns deles em um contexto diferente.

Antes de qualquer coisa, um pouco de conhecimento sobre o Mestre Esquisito, Owe Boll: definitivamente o sujeito não é nenhum idiota, como tantas pessoas querem desesperadamente crer. Esse termo "Mestre" aqui utilizado tem seu significado, pois Boll possui mestrado em literatura. Eu sei, é difícil de acreditar, mas com certeza, mas não se pode simplesmente estar intimamente familiarizado com a arte de contar histórias, sem um mínimo de conhecimento acadêmico. Sua formação educacional lhe dá credibilidade à ideia de que talvez os seus filmes sejam algo mais profundo do que aparentam ser. Não parece possível que alguém formado em literatura pudesse fazer algo assim contra o próprio conceito de "literatura", como vem acontecendo. Algo mais sinistro, ou, no mínimo, mais rentável seria o caminho mais lógico.


Até agora, alguns poucos já entenderam e apontaram que, de fato, há algo mais acontecendo. Os filmes de Uwe Boll aproveitam um benefício fiscal bem-intencionado em seu país natal, a Alemanha. Os Impostos só são pagos sobre os lucros. Os lucros são algo filmes de Uwe Boll não geram. Eu mencionei que além de estudar literatura, Boll também estudou economia?

Na busca para saber se realmente Boll faz filmes realmente horríveis, assistia à 2 de seus filmes mais famosos, Postal e BloodRayne. BloodRayne é sem dúvida sua adaptação do de maior sucesso, com duas continuações e uma outra já em andamento. Postal é provavelmente o seu filme mais conhecido. Esperava conseguir falar sobre Alone in the Dark, um dos exemplos mais claros de quão ruim são seus filmes podem ser, mas eu não consegui encontrá-lo com facilidade. Com BloodRayne e Postal, no entanto, eu consegui ver algumas coisas que eu nunca imaginei que veria!


Postal é um filme baseado em um jogo que foi lançado para mostrar a depravação e a violência gratuita em nosso meio. Um jogo onde você mata violentamente pessoas, mas de maneiras incrivelmente ridículas. O filme Postal é basicamente o mesmo, só que nos mostra como são de fato umas bostas a filmografia de Uwe Boll.

  

O tal "Postal Dude", interpretado por Zack Ward (anteriormente conhecido por seu papel como Scut Farkus em Uma História de Natal) após de uma série de eventos negativos destroem sua vida medíocre. O filme abre com 02 terroristas pilotando um avião e discutindo sobre quantas virgens receberão chegam ao paraíso. A cabine é, então, invada pelos passageiros, que tomam o controle do avião e lança-o acidentalmente contra o World Trade Center em 11 de setembro de 2001. Particularmente, acho que não há limites para a comédia, No entanto, se você estiver tentando fazer uma piada do que foi o pior ato de terrorismo em solo americano, você precisa pelo menos torná-lo no mínimo, engraçado. O que não foi o caso. A cena é de extremo mal gosto e pessimamente representada. Simplesmente horrível.


No geral, Postal é realmente horrível, mas tem um momento brilhante, (para não dizer bizarro) onde Boll aparece como ele mesmo em uma cena no parque de diversões fictício "Little Germany". Quase faz valer a pena conferir, ao inserir esta cena no meio de seu próprio filme é... bem, não que se diga um "gênio", porque não é. Mas é realmente divertido. Se Boll tivesse aproveitado no resto do filme, o lance com os quadrinhos, utilizado em algumas cenas, Postal poderia até ter sido razoavelmente agradável, embora continuasse ridículo.



BloodRayne é o 2º filme de Boll baseado na série de videogame de mesmo nome. Difere do Postal em que não é uma comédia, mas ao contrário, é um filme de ação estrelado por um meio-vampiro chamado Rayne. O jogo original BloodRayne foi criado em 1933, mas Boll decidiu criar o filme, no século 18. Seu motivo não foi explicado.


O filme tem grandes estrelas, mais notavelmente Ben Kingsley. Se você não sabe quem é Ben Kingsley, além de estrelar um filme Uwe Boll, Kingsley ganhou um Oscar por interpretar Gandhi no filme de 1982. É fisicamente doloroso assistir um ator desse calibre em um filme tão ruim.

No entanto, isso não quer dizer que seja um filme terrível. Ele se propõe a contar uma história sobre um caçador de vampiros que mata um monte de gente ruim. Realmente não é muito mais do que isso, e o filme não pretende ser mais do que isso, É estranhamente divertido.

Tudo isso me faz pensar: como gamer, seus filmes são tratados como se fossem criados exclusivamente para sacanear à todos os jogadores, em especial.


Este é o meu verdadeiro problema com os filmes de Boll. Claro, eles são filmes ruins e eles estão supostamente nada além do que uma fachada para uma brecha evasão fiscal ou lavagem de dinheiro, mas de que forma isso nos afeta? Para ser sincero, ele não está pegando jogos que possuam histórias verdadeiramente convincentes.

Boll faz filmes para ganhar dinheiro. Pode parecer um choque, mas qualquer obra de arte comercial que você consumir foi criado com o lucro em mente. Cada jogo elogiado, cada filme vencedor do Oscar, foi feita a partir de uma visão artística que aconteceu também deve ser rentável. Enquanto vencedor do Oscar fotos e jogo do ano são artisticamente válidos, que muitas vezes usam seu mérito artístico para esconder o fato de que eles também são (na maioria das vezes) rentáveis. Boll não se preocupou em fingir. Não há truques de mágica em seus filmes. A sua existência é puramente para ganho financeiro, e ele não tenta ofuscar a realidade por trás de uma nuvem de pretensão artística. Eles são filmes ruins, porque eles são projetados para serem filmes ruins. De muitas maneiras, Uwe Boll sabe exatamente o que ele está fazendo, e ele é muito bom nisso.

FILMOGRAFIA (como Diretor):

Rampage 2 (filmando) 2014
In the Name of the King III 2014
The Profane Exhibit (segment "Basement") 2013
Suddenly 2013
Um Homem Contra Wall Street 2013
Behind the Scenes of 'In the Name of the King: Two Worlds' 2011
In the Name of the King 2: Two Worlds 2011
Blubberella 2011
Bloodrayne 3: O Terceiro Reich 2011
Auschwitz 2011
O Campeão de Hitler 2010
A Última Tempestade 2010
Darfur: Deserto de Sangue 2009
Rampage 2009
Stoic 2009
Far Cry: Fugindo do Inferno 2008
Tunnel Rats 2008
BloodRayne II: Deliverance (Video) 2007
Postal 2007
Seed 2007
Em Nome do Rei 2007
BloodRayne 2005
Alone in the Dark - O Despertar do Mal 2005
House of the Dead: O Filme 2003
Heart of America 2002
Blackwoods 2001
Sanctimony 2000
Das erste Semester 1997
Amoklauf 1994
Barschel - Mord in Genf 1993
German Fried Movie 1992



Qual a próxima celebridade (ou não) do mundo dos games a qual gostaria de ver aqui na Press B? Comentem!

Nenhum comentário:

Postar um comentário