Amigos Biscoiteiros, olá! Aqui é seu
amigo Rodrigo Joker e vamos para mais um Curió, hoje com um assunto sério, mas
importante e interessante ao mesmo tempo, porque no Curió é assim, a gente não
sorteia “Playstation, Playstation, Playstation...”, mas procura divertir e
informar! Motivado pelo ótimo artigo do nosso amigo Fernando Farnochi publicado no Press B # 10 decidi buscar informações sobre
esse problema tão sério, que é quando a diversão se torna vício e então um
problema! Saiba um pouco mais sobre os “Jogadores Anônimos” e descubra se você
é um dos que precisam de ajuda!
Há tempos que os games deixaram de ser
coisa de criança! A indústria cresceu, evoluiu, mas seus efeitos ainda são
muito novos, em todos os aspectos, sejam nos bons ou nos ruins. Videogames,
além de entreter e divertir, já auxilia até em cirurgias e treinamentos e merecem
todo o nosso respeito, afinal aqui estamos, somos gamers e aqui no Games com
Biscoito, somos mais, somos Biscoiteiros! :P Porém, já é
clichê afirmar que tudo em exagero faz mal! Soa meio “Matrix” tudo isso, mas não é incomum ver pessoas que não conseguem
distinguir mais a realidade do mundo ficcional dos games e isso afeta as
relações da pessoa, estudo, trabalho, família! E sim amigos, isso é extremamente sério!
Acredito que todos nós já exageramos
um pouco, afinal cometer erros é uma das coisas que nos torna humanos, mas
quando isso é recorrente e começa a atrapalhar as demais esferas da nossa vida, é hora de se
ligar e ficar atento! Segundo uma reportagem do site G1,
o vício em games e jogos eletrônicos pode ser comparado ao vício em drogas! Síndrome de abstinência, angústia, ansiedade, coisas
que são recorrentes em usuários de drogas podem começar a fazer parte da vida
de uma pessoa que joga videogame além da conta! Exagero? Você mesmo pode
responder essa pergunta! O site lol etc
postou alguns “sintomas” do viciado em games! Gastos excessivos que podem gerar endividamento, dores no
corpo, baixo rendimento escolar e no trabalho, além de isolamento são alguns
deles.
A gente brinca, mas o
assunto é sério!
O psiquiatra Fábio Barbirato, chefe do Setor Infantil da
Psiquiatria da Santa Casa de Misericórdia do RJ disse ao G1: “Alguns jovens viciados em
videogames chegam a roubar dinheiro dos pais para ir à uma lan house, igual ao que fazem alguns dependentes químicos para
comprar drogas. A compulsão dos jovens por jogos eletrônicos é muito parecida
com a compulsão por drogas ou álcool, ou com a compulsão dos adultos por pôquer
ou apostas no jóquei, ou dos idosos por bingos”. Mas eu tiraria o
“jovens” da frase dele porque acho que não tem mais idade para ser um gamer, nem um gamer viciado! E também "lan house", o vício não se limita apenas a elas.
Pesquisando pela internet, conheci um
grupo chamado Jogadores Anônimos. O foco do grupo é ajudar pessoas
viciadas em jogos, no caso jogos de aposta, um problema que afeta muitas
pessoas! Em contato com o grupo para saber se ofereciam algum tipo de suporte
para viciados em jogos eletrônicos, fui informado que sim, apesar de ser algo
novo e de nem sempre envolver apostas, o grupo pode sim ajudar.
O primeiro passo para saber se você é
um jogador compulsivo é responder uma lista disponibilizada por eles com 20 questões de “sim” ou “não”,
caso você tenha no mínimo 7 respostas “sim”, você pode ser um viciado e o
grupo pode te acolher e ajudar. Eles salientam que o grupo não existe para
fazer julgamentos e o anonimato é fundamental. O único requisito para fazer parte da irmandade é o desejo de
parar de jogar. Não há mensalidades ou taxas para tornar-se membro.
Momento “Drops”: O conceito de “jogo” na literatura dos Jogadores Anônimos diz
que qualquer aposta ou lance, para si mesmo ou outros, seja por dinheiro ou
não, por mais ínfima ou insignificante que seja, onde o resultado é incerto ou
depende de sorte ou "habilidade" constitui-se em jogo, portanto, é
possível enquadrar a compulsão por videogame nesse conceito. Eles destacam outro problema que pode afetar gamers, é o vício naqueles jogos do tipo " free to play" em que você adquire ou baixa o jogo gratuitamente, mas tem a opção de comprar fases, armas, facilidades (#UmBeijoCandyCrush), etc e acaba gastando sem limites dinheiro real com esse tipo de compra!
Confira a lista de perguntas:
1. Você já perdeu horas de
trabalho ou da escola devido ao jogo?
2. Alguma vez o jogo já causou
infelicidade na sua vida familiar?
3. O jogo afetou a sua
reputação?
4. Você já sentiu remorso após
jogar?
5. Alguma vez você já jogou
para obter dinheiro para pagar dívidas ou então resolver dificuldades
financeiras?
6. O jogo causou uma diminuição
na sua ambição ou eficiência?
7. Após ter perdido você se
sentiu como se necessitasse voltar o mais cedo possível e recuperar as suas
perdas?
8. Após um ganho você sentiu
uma forte vontade de voltar e ganhar mais?
9. Você geralmente jogava até
que seu último centavo acabasse?
10. Você já pediu dinheiro
emprestado para financiar seu jogo?
11. Alguma vez você já vendeu
alguma coisa para financiar o jogo?
12. Você relutava em usar o
“dinheiro de jogo” para as despesas normais?
13. O jogo o tornou descuidado
com o seu bem estar e o de sua família?
14. Alguma vez você já jogou
por mais tempo do que planejava?
15. Alguma vez você já jogou
para fugir das preocupações ou problemas?
16. Alguma vez você já cometeu,
ou pensou em cometer um ato ilegal para financiar o jogo?
17. O jogo fez com que você
tivesse dificuldades para dormir?
18. As discussões,
desapontamentos ou frustrações fizeram com que você tivesse vontade de jogar?
19. Alguma vez você já teve
vontade de celebrar alguma boa sorte com algumas horas de jogo?
20. Alguma vez você já pensou
em se auto-destruir como resultado de seu jogo?
Caso sinta que precisa de ajuda, ou
conheça alguém que você possa ajudar, inclusive, como já dito, em todo tipo de
jogo de aposta e azar, o contato deles é o seguinte:
Jogadores
Anônimos
http://www.jogadoresanonimos.com
(21) 2516-4672
(21) 2516-4672
(11)
3229-1023
O ótimo artigo de Arthur Thiago Scarpato aponta para um detalhe
interessante, ele diz que os jogos são exercícios de libertação, pois nos
permitem “experiências
virtuais" cheias de possibilidades, onde é possível ser um outro além de si
mesmo, dar vazão a fantasias que não se tornarão realidade e arriscar comportamentos
novos, portanto, o ciberespaço permite experimentações com garantias. Afinal,
em última instância, se a coisa ficar muito preta, se eu for morto, se minha
cidade falir, se meu império for destruído, posso sair do jogo e tudo voltará
ao "normal". Há uma certa promessa de "superação" das
limitações reais da vida, uma negação da morte, permitindo uma experimentação
radical e sem efeitos reais. Mas são também estas garantias que podem levar uma
pessoa a querer ir sempre um pouco mais e um pouco mais, capturada pelo jogo da
simulação. Em alguns casos, a aventura "segura" pode acabar
aprisionando por não impor limites.
Outra
coisa interessante que ele diz é que a dependência pode ser avaliada também
pela frequência com que a pessoa joga, ou seja, um viciado não necessariamente
precisa jogar compulsivamente sem parar, mas jogar com uma frequência fora do normal, deixando de lado sua vida e suas obrigações.
Os especialistas recomendam que o
tempo ideal de exposição a qualquer tipo de mídia (TV, internet e vídeogame)
para uma criança seja de no máximo 2 horas por dia. Para adultos não encontrei
dados precisos, inclusive, por mais que a gente diga que vídeogame não é mais “coisa
de criança”, as pesquisas continuam focando apenas nelas, deixando na
maioria das vezes, os adultos sem informações ou amparo.
Mas também não podemos ver os games
apenas como possíveis vilões. Aqueles que jogam moderadamente podem ter vários benefícios, além do divertimento em si, como aumento da criatividade, raciocínio
lógico e melhor coordenação motora. Segundo um vídeo do
Canal do Youtube All Time 10s e traduzido pelo site Pode Educação Criativa, um gamer tem um tempo maior de
reação comparado ao de pilotos de caça! Uau! É ou não é impressionante, amigos
biscoiteiros? Além de aumento de QI e da capacidade visual, diminuição do stress,
aumento da destreza, entre outros, e tem mais, lá diz que casais que jogam
juntos tem um impacto positivo no relacionamento!
Eu vou ganhar!
E é isso aí, galera! É só saber dosar,
sem exageros, e sua vida gamer pode ser muito benéfica! Mas, não hesite em
pedir ajuda caso perceba que as coisas não estão bem com você e sua jogatina!
Tudo tem solução se você se permitir e quiser ser ajudado! Ah, um dos
benefícios também é a melhora no relacionamento com seus familiares e amigos,
tá vendo como é bom “jogar de dois”? Ou mais...?
O Curió é um canal aberto, portanto
envie sugestões, críticas, idéias de temas e comentários! Valeu e até a
próxima!
*Por Rodrigo Joker
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